Resumo
A educação museal tem se constituído como um campo de estudos cujos interesses convergem, em grande medida, para a delimitação de sua especificidade. Compreender quais atores, práticas, processos e políticas que atuam nesse campo, bem como seus impactos percebidos tanto na instituição museal quanto na sociedade, são temas de estudo que contribuem para delimitar seu escopo e solucionar questões advindas da prática educacional museal. O uso das tecnologias digitais e a criação de uma infraestrutura informacional em rede nos museus nacionais tem surgido como um tema importante de investigação nos últimos anos, seja pela perspectiva de novas formas de socializar os acervos e ampliar seu potencial de apropriação simbólica, seja por novas práticas de gerir e organizar os museus para suas atividades fins. Entretanto, poucas são as reflexões que se debruçam sobre seus usos e impactos na educação museal, sobretudo aquelas que se propõem a entender seus efeitos e possibilidades para além do simples uso direto de determinadas técnicas e tecnologias. Que novas possibilidades de exercício do educar em museus essas práticas podem trazer? De que maneiras essas possibilidades podem dialogar com a gestão e a socialização dos acervos? Como pensar a formação do museólogo a partir desse cenário? De que formas novos usos da informação podem potencializar a prática da museologia? Este artigo pretende debater, a partir de uma reflexão teórica, como os educadores museais podem, frente às perspectivas apontadas pelos novos cenários informacionais, estabelecer processos de sociabilidade em rede por meio das novas práticas sociais vivenciadas pela cultura digital. 1Submetido em: 26/08/20