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Um dos maiores desafios contemporâneos postos à Antropologia Visual/da Imagem realizada nas Sociedades Complexas Brasileiras é o trabalho com a questão ambiental. Neste artigo, expomos duas incursões intelectuais realizadas nos últimos três anos na área temática de pesquisa sobre Memória Ambiental. A intenção é demonstrar, a partir de narrativas textuais e imagéticas, a intersecção entre o trabalho visual com a questão ambiental e a Etnografia da Duração realizada no núcleo de pesquisa Banco de Imagens e Efeitos Visuais (Biev) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Primeiramente, abordamos as intenções teóricas que guiam este percurso intelectual para, posteriormente, demonstrar os desafios de encarar o trabalho do antropólogo visual como um trabalho de memória e patrimônio sobre nossos ecossistemas humanos e não humanos nas cidades brasileiras. Concluímos com reflexões sobre a necessidade de interdisciplinaridade entre os saberes Antropológicos e os oriundos das Ciências da Informação tanto por motivos metodológicos de pesquisa quanto pela atuação expandida dos etnógrafos urbanos em instituições diversas.