Resumo
A Ciência da Informação participa na promoção do termo ‘Instituição de Memória’ como metáfora para a integração de bibliotecas, arquivos, museus e centros de documentação. Uma das intenções assumidas foi a de encorajar uma visão coerente sobre os recursos informacionais que os acervos de tais instituições provêm. Em paralelo, a partir do movimento em se integrar acervos digitalizados do campo da cultura em rede emerge o acrônimo GLAM da língua inglesa, que integra Galerias, Bibliotecas, Arquivos e Museus, e enfatiza a promoção do acesso como missão principal. É justo afirmar que a demanda pela interoperabilidade dos acervos dos diferentes domínios arquivísticos é pautada pela possibilidade de integração dos conteúdos diversos via web, cenário que propicia inovação no acesso e no processamento das informações de patrimônio cultural pela sociedade. A partir de um foco na reconstrução crítica de Richard Fyffe, sobre o papel do especialista em CI na perspectiva da Infosfera de Floridi, buscamos identificar como novos conceitos para o campo da Ciência da Informação, derivados da FI e da Ética da Informação (EI) de Floridi, podem auxiliar a compreensão de transformações radicais em curso no campo dos acervos digitalizados de instituições de memória, e sua relação com as questões éticas mais amplas no plano da Infosfera.